A primeira reunião do ano do Copom começa nesta tarde, em Brasília, e termina no início da noite da quarta-feira (20). A expectativa do mercado é que, após três reuniões consecutivas sem alteração na Selic – que está em 14,25% ao ano–, o colegiado retome o ciclo de elevações.
Participaram do ato, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Geral dos Trabalhadores (CGTB), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). Nos discursos os sindicalistas em uníssono elevaram as críticas à política econômica do governo Dilma Rousseff.
Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, frisou que a elevação dos juros só traz prejuízos aos trabalhadores. “A responsabilidade pela política econômica não é do Banco Central, mas sim do governo e o resultado já sabemos. Significa mais desemprego, menos produção e menos consumo. Os trabalhadores estão preocupados com essa política do governo de juros altos. Aumentar a taxa de juros é continuar com a recessão, o desemprego. Se continuar nesse ritmo não conseguiremos sair da crise”, argumentou o dirigente ao destacar os impactos de uma nova alta.
Preocupação compartilhada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema), Renê Vicente. “Essa política de juros incentiva a especulação em detrimento da produtividade. O país carece de desenvolvimento com distribuição de renda. Daí a importância dessa unidade de ação que vemos hoje aqui na discussão da política de juros altos, que só traz o atraso para o país”, afirmou Renê Vicente.
Para os dirigentes da CTB, é imperativo que seja adotada uma nova estratégia para que o Brasil retome o curso do desenvolvimento. Uma delas se resume às reformas estruturais, como a Tributária, como defendeu o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.
“Os rumos para a retomada do crescimento demandam uma reforma tributária com a taxação dos ganhos financeiros e das grandes fortunas. Vivemos um momento crucial para os trabalhadores e a unidade das centrais será fundamental para defendermos os empregos e os salários que devem estar no topo da agenda do movimento sindical. Portanto, vamos lutar pela taxação das grandes fortunas e a valorização do trabalho e do trabalhador”, destacou Santana.
O ato desta terça-feira marcou o início do calendário de atividades das Centrais Sindicais (CTB, CUT, CGTB, CSB, Força Sindical, NCST e UGT). “Começamos o ano cedo lutando contra mais uma elevação da Selic, assim como lutaremos como a questão da previdência, como vamos lutar contra o negociado sobre o legislado, e para isso essa união será fundamental”, alertou Wagner Gomes.
Cinthia Ribas - Portal CTB
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