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segunda-feira, 7 de março de 2016

Mulheres trabalham mais e ganham menos




A mulher trabalha cada vez mais que o homem, mas continuar a ganhar menos. É o que revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Os dados, apurados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), mostram que em 2014 a dupla jornada feminina passou a ter cinco horas a mais.

Em 2004 quando o levantamento começou a ser feito, as mulheres trabalhavam quatro horas a mais que os homens por semana. Neste cálculo é somada a ocupação remunerada e o trabalho feito dentro de casa.

No mesmo período, a jornada de trabalho masculina fora de casa caiu de 44 horas para 41h36 por semana. O tempo extra, no entanto, não foi revertido dentro de casa, pois a carga horária dedicada ao trabalho doméstico se manteve estável.

Para a mulher, a média de jornada de trabalho fora de casa foi de 35 horas e meia de 2004 a 2014. Dentro de casa, o tempo dedicado às tarefas domésticas pode chegar a 21h12 minutos, mais que o dobro da jornada dos homens, que permaneceu em 10 horas semanais. A diferença nos salários ainda persiste, e elas ganham 24% a menos.

Para a economista Marilane Teixeira, essa diferença existe porque os homens não reconhecem que as responsabilidades devem ser compartilhadas de forma igualitária. “A cultura enraizada naturaliza papéis sociais para homens e mulheres”, comentou.

Fonte: Bancários Chapecó com Contraf

Adilson Araújo: Onda conservadora mira os direitos trabalhistas



Adilson Araújo - Presidente da CTB
O caráter de classe da onda conservadora e golpista em curso no Brasil transparece na forte ofensiva política, econômica e ideológica contra os direitos sociais arduamente conquistados pela classe trabalhadora ao longo de mais de um século de lutas. Multiplicam-se iniciativas no Congresso Nacional para flexibilizar a legislação e vozes influentes no Executivo pregam não só mudanças regressivas na Previdência como também uma reforma trabalhista nos moldes que a burguesia advoga e anseia.
A ofensiva contra a CLT e o capítulo dos direitos sociais da Constituição Cidadã de 1998 foi agora reforçada pela entrevista concedida ao jornal “O globo” pelo novo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho. Nela (leia aqui), ele defende uma agenda francamente contrária aos interesses da classe trabalhadora e do movimento sindical brasileiro, incluindo a terceirização da atividade-fim e a flexibilização da CLT.
Creio que as opiniões do novo presidente do TST não correspondem às da maioria daquele egrégio tribunal, que por meio de um rigoroso e profundo parecer encaminhado à Câmara Federal condenou em termos duros a proposta de terceirização generalizada da economia (PL 4330).
Na opinião dos 19 juízes que subscreveram o documento a terceirização da atividade-fim pode abrir caminho a um dramático retrocesso na legislação e nas relações trabalhistas no Brasil, comprometendo o mercado interno, a arrecadação tributária, o SUS e o desenvolvimento nacional. Significativamente, a mídia burguesa não repercutiu o parecer.
A flexibilização da CLT, com a prevalência do negociado sobre o legislado, é um sonho antigo e recorrente dos nossos capitalistas, que tentaram concretizar através do projeto de reforma trabalhista neoliberal encaminhado ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O PL 5.483/2001, do governo tucano, dava nova redação ao artigo 618 da CLT e foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Tramitou no Senado até a posse de Lula, em 2003, que – atendendo reivindicação dos sindicalistas - arquivou o monstrengo. Intenção semelhante constava da ardilosa Emenda 3, aprovada pelo Congresso e vetada por Lula no dia 16 de março de 2007.
Doura-se a pílula agitando, através dos monopólios da comunicação, a bandeira da modernidade ou da modernização das relações entre capital e trabalho. Nada mais falso.
O ideário neoliberal que as classes dominantes perseguem aponta para o retrocesso da legislação e das condições de trabalho à situação prevalecente nos primórdios do capitalismo, e no caso do Brasil no fim do século 19 e início do século 20 quando inexistiam direitos e os trabalhadores e trabalhadoras, sobretudo crianças e mulheres, eram forçados a labutar de domingo. Recorde-se que à época a jornada diária de trabalho alcançava 16 horas.
Se puderem restaurar a escravidão não tenham dúvidas de que o farão. A entrevista do novo ministro do TSE é mais um sinal preocupante que deve servir de alerta à classe trabalhadora, ao movimento sindical e às forças progressistas. No que nos diz respeito é imperioso intensificar a campanha de conscientização e mobilização nas bases em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos sociais. Neste momento, isto significa não medir esforços para o êxito do ato em Brasília no dia 31 de março.
O Direito do Trabalho sintetiza a progressiva humanização e civilização das relações sociais subjacentes ao processo de produção e reprodução econômica das sociedades contemporâneas. Vem sendo escrito com as tintas vermelhas do sangue operário. Não podemos medir esforços e sacrifícios na luta já secular em sua defesa.   
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB

SINVIG: O ACORDO FECHADO NA NEGOCIAÇÃO SALARIAL



Presidente do Sinvig  - Claudino Meredyk
Chegamos ao final de mais uma negociação coletiva salarial após inúmera tratativa com o sindicato patronal. Com muita luta tivemos uma proposta digna de avaliação de 12% de reajuste em nosso Salário Base e R$ 17,50 (dezessete reais e cinquenta) no vale alimentação, proposta essa colocada em aprovação na assembleia realizada no dia 19 de fevereiro e aprovada pelos vigilantes que lotaram o auditório do Sindicatos dos Bancários na cidade de Chapecó.

A proposta de reajuste aprovada representa uma grande conquista aos vigilantes de Chapecó e Região, especialmente neste momento em que se fala muito em dificuldade financeira, o mercado de trabalho é afetado pela redução nas vagas de emprego e fechamento de postos de trabalho em virtude de incertezas do mercado econômico.
É um momento que não podemos considerar apenas o aumento no salário como avanço, mas a manutenção de postos de trabalho diante desse momento de crise. Mas a manutenção de importantes clausulas de nosso acordo coletivo como o regime de 12X36 que algumas empresas manifestaram interesse de excluir deve ser visto como uma grande conquista. Pois não temos dúvida que acarretaria um grande número de desempregados em nossa categoria.

Essas conquistas são fruto do enfrentamento, são conquistas de modo especial a você que é sócio do sindicato e mantem a nossa luta viva em defesa da categoria. Você que participou das assembleias, trouxe suas opiniões e críticas construtivas somando ao grande grupo.

A direção do sindicato agradece a todos pela confiança, pela participação pois estamos aqui como representantes na linha de frente da categoria, uma vez que o sindicato é participação de cada um de vocês. Nosso muito obrigado e o convite a você amigo e amiga vigilante que ainda não faz parte do quadro associativo para vir filiar-se ao sindicato. Somente um sindicato fortalecido será possível continuar avançando em nossos benefícios. Somente com um sindicato forte é possível lutar para que não mexam em nossas conquistas, que nossos postos de trabalho sejam mantidos, para que nós tenhamos a certeza que temos condições de manter nossas famílias em meio as crises que assombram.

Nosso muito obrigado, com a certeza que não estamos sozinhos, que podemos contar sempre com nossos companheiros de Federação, Confederação e a nossa Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB na pessoa do camarada presidente Odair Rogério Silva que tem sido nosso parceiro nas lutas em defesa da categoria. Saudações, força na luta.

Presidente Sinvig - Claudino Meredyk

SANTA CATARINA - CTB NA LUTA EM APOIO AOS VIGILANTES DO SINVIG



Presidente da CTB/SC Odair Rogério Silva 

O presidente Odair Rogério da CTB Santa Catarina acompanhou de perto ás assembleia da Pauta Salarial dos Vigilantes do Sinvig de Chapecó e Região durante o mês de fevereiro de 2016. Falou aos trabalhadores e trabalhadoras da vigilância e segurança privada dos mais de 70 municípios da base do Sinvig dos desafios a serem enfrentados no Brasil atualmente.

Fez questão de reafirmar a todos a necessidade de permanecer firmes na luta, pois na onda de uma crise presente, patrões buscam aproveitar o momento para dificultar negociações. Ameaçam corte em conquistas, demissões em massa e dificultam avanços na negociação com ganho real da categoria.

Segundo Odair, somente a luta permanente, a coragem de enfrentar o momento presente será possível atravessar as dificuldades postas. Preservando as conquistas alcançadas em décadas de luta
ampliando o que a categoria propõe e mostrando aos patrões que os trabalhadores entendem que o momento apresenta dificuldades na economia, mas os mais afetados nesse cenário são os próprios trabalhadores que não podem pagar a conta dos patrões.

Ao finalizar sua avaliação das lutas em defesa dos trabalhadores em Santa Catarina, Odair Silva, reafirmou o compromisso da CTB junto aos vigilantes. Engrandeceu o trabalho realizado pela direção do Sindicato dos Vigilantes de Chapecó, apontando com uma das categorias de grande poder de mobilização justamente pela seriedade com que seus dirigentes conduzem a entidade, pelo respeito que conquistaram na extensa base e dos milhares de trabalhadores.

Conquistas assim caros vigilantes não caem do céu, elas são fruto de anos de empenho, entrega diária de dirigentes comprometidos como o presidente Claudino Meredyk respeitado em todo Estado de Santa Catarina pela forma como conduz a entidade. De igual modo o diretor Modesto, que ao lado do presidente desempenha um papel singular de compromisso e zelo pela categoria.

Grande abraço de toda direção da CTB Catarinense, o respeito da Direção nacional de nossa central na certeza que esse é mais um ano de muita luta e que precisamos nos manter unidos.

Odair Rogério Silva - Presidente da CTB Santa Catarina