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sábado, 17 de outubro de 2015

Diante do silêncio da Fenaban, bancários decidem manter paralisação nacional

Com o impasse nas negociações e sem nova proposta salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários decidiram manter, por tempo indeterminado, a greve que completou nove dias nesta quarta-feira (14).

De acordo com Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato da Bahia (Seeb), enquanto as empresas não voltarem a dialogar e apresentar avanços, a greve continua. “É inadmissível que os bancos tratem os funcionários com tamanho descaso. É bom lembrar que os clientes também são desrespeitados".

A categoria rechaçou a proposta apresentada pelos bancos que inclui reajuste de 5,5% mais abono de R$ 2,5 mil que não seria incorporado aos salários. Para os sindicalistas a proposta demonstra o nível de descaso com o trabalhador do sistema.

“Sem aumento real não tem acordo. Os bancos não estão em crise. Ao contrário, estão lucrando ainda mais com as altas taxas de juros e a elevação dos preços das tarifas cobradas dos clientes. Foram mais de R$ 36 bilhões só no primeiro semestre de 2015. Então, não há argumentos para uma proposta de reajuste tão rebaixada como a apresentada no último dia 3 de outubro. A greve vai continuar até que os banqueiros apresentem uma contraproposta que traga aumento real”, ressaltou Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipee membro do Comando Nacional.

Enquanto os bancos mantêm silêncio a greve cresce a cada dia. Ao todo, a paralisação já atinge 26 estados e o Distrito Federal, 11.437 agências fechadas, um percentual de 83% maior que no primeiro dia.

Ao ser iniciada na semana passada, a greve teve como estratégia paralisar os centros administrativos —locais que concentram maior número de funcionários e realizam atividades que afetam os negócios dos bancos, como operações de câmbio, tecnologia da informação e arrecadação.

► O descaso dos bancos

A proposta que revoltou os bancários foi apresentada pela Fenaban no dia 25 de setembro. Desde então, as negociações foram interrompidas e nenhuma nova proposta foi apresentada.

Os trabalhadores pedem 16% de reajuste salarial, incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, além de participação nos lucros de salários no valor de três salários mais R$ 7.246,82 fixos.

O comando nacional dos bancários, formado por dirigentes de diversas regiões do país, volta a se reunir nesta quarta-feira, em São Paulo, para avaliar a campanha e definir os próximos passos do movimento.

Cinthia Ribas - Portal CTB

Fonte: http://portalctb.org.br

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