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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cetebistas participam do 3° Festival da Juventude Rural

Começou nesta segunda-feira (27), em Brasília, um dos maiores eventos de jovens trabalhadores e trabalhadoras da América Latina, o 3º Festival da Juventude Rural, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O festival acontece até quinta-feira (30), no Parque da Cidade, e, segundo os organizadores, reúne mais de cinco mil jovens.

Para o secretário Nacional de Juventude da CTB, Vito Espinoza, a juventude tem um papel fundamental na participação política nos diferentes espaços, seja no MSTTR, no mundo do trabalho, no espaço familiar e comunitária. "Com resistência, a juventude vem pautando o projeto nacional de permanência no campo", enfatiza.

Nos quatro dias do evento as delegações de todas as regiões do Brasil e mais 10 latino-americanas vão debater a luta por terra, políticas públicas e sucessão rural na América Latina e diversos temas relacionados ao campo, à floresta e às águas. O objetivo do festival é também ampliar o debate e a reflexão sobre o meio rural que queremos para nossa juventude.

Além disso, fazem parte da programação atividades esportivas, noites culturais com música e apresentações artísticas, e na quinta-feira (30), está previsto um ato político na Esplanada dos Ministérios.

De Brasília,
Daiana Lima - Portal CTB Foto:Contag


DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRABALHO

''Trabalhar para viver, não para morrer - não podemos aceitar que trabalhadores e trabalhadoras percam suas vidas no local em que tiram o seu sustento. '' 

Presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó/SC 
Sebastião Araújo e os Diretores do Sindicato dos Vigilantes, 
Sindicato do Asseio, filiados a CTB presente no ato.
Neste 28 de abril, um grandioso número de lideranças sindicais, trabalhadores de diversas setores, representantes de associações, órgãos públicos , entre tantos participantes ocuparam as ruas da cidade de Chapecó no oeste catarinense para marcar a passagem do ‘Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho’. Mas, além de lembrar as vítimas, pedir mais segurança, prevenção para perseguir de forma incansável a diminuição das perdas com vida e saúde do trabalhador. 

Pois embora o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tenha publicado ainda em 1978 a Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12), que define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores que utilizam máquinas e equipamentos de todos os tipos durante o trabalho os números comprovam que a NR12 não tem sido cumprida.

Este é uma das razões pela qual este ano o evento organizado pelo Movida – Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense foi realizado na cidade de Chapecó. Pois, dados apontam que na macrorregião oeste no ano de 2010 foram registrados 1.305 notificações de acidentes e doença de trabalho sendo dessas 2 mortes. Mas esse número aumentou 325%, saltando para 5.549 casos em 2014, com 8 trabalhadores mortos vitimas de acidente de trabalho. 

Os dados em Santa Catarina são tão assustadores que o estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional de acidentes de trabalho, atingindo no ano de 2012 cerca de 48 mil pessoas vitimadas por acidentes e doenças do trabalho. A expressão da tragédia é tão grande que para cada 1.000 habitantes, pelo menos 7,6 sofreram algum tipo de acidente de trabalho ou foram vitima das doenças ocupacionais segundo fonte de órgãos como IBGE / DIEESE e Ministério Público.

Destes números, os setores que mais acometem a saúde da classe trabalhadora são principalmente os setores industriais de frigoríficos, têxteis e comércio varejista. Para o Presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini a cidade de Chapecó e região precisa urgentemente de atenção: ''não podemos aceitar que trabalhadores e trabalhadoras percam suas vidas no local em que tiram o seu sustento. Precisamos de fiscalização e punição rigorosa para empresas que mutilam e maltratam os trabalhadores (as).'' 

Mais de 2 mil participantes estiveram na passeata sindicatos, trabalhadores vitimados, associações e demais entidades preocupados com os acidentes e doenças do trabalho, e uma grande preocupação com o PL 4.330 da Terceirização recentemente aprovado. Pois o mesmo tem como viés a precarização das relações de trabalho, o que deve elevar ainda mais os números dessa grande tragédia social que envolve os cuidados com a saúde do trabalhador. O ato foi um chamado a mudanças na realidade ai exposta, pois os números precisam desaparecer das estatísticas dos agravos, porque os trabalhadores precisam ‘trabalhar para viver, não para morrer’ como diz o lema do encontro desse ano.

Informação CTB/SC


terça-feira, 28 de abril de 2015

POSSE DA DIREÇÃO ELEITA DO SINDICATO DOS VIGILANTES DE CHAPECÓ/SC

‘’A hora da luta é sempre agora, o tempo de comemorar encerra aqui nesse ato de posse, nosso compromisso não dá direito ao descanso pelo menos pelos próximos cinco anos.''

Claudino Meredyk - Presidente eleito é membro da 
Direção Estadual da CTB Santa Catarina.

Ocorreu há poucos dias a posse da nova direção eleita do Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Vigilância e Segurança Privada de Chapecó e Região - Sinvig de Santa Catarina. Entidade fundada como Associação Profissional dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância de Chapecó em 24 de junho de 1985. 

O sindicato que completará 30 anos de existência no mês de junho tem uma base de aproximadamente 3 mil trabalhadores na área de vigilância e segurança privada, espalhada em 72 municípios da região oeste catarinense. Filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB desde o ano de 2012, realizou ainda no mês de março a eleição da entidade não havendo disputa e a Chapa única obteve 99% dos votos dos seu associados para comandar a entidade nos próximos cinco anos de gestão. 

Durante o ato de posse realizado há poucos dias a direção que finalizava o mandato fez questão de lembrar de sindicalistas, entidades sindicais, federação, assessoria jurídica entre outros, homenageando-os com uma Placa Honrosa pelas contribuições dispostas ao sindicato dos vigilantes nos últimos anos. 

Em discurso de posse o Presidente eleito Claudino Meredyk disse que após essa aprovação gigantesca da categoria com quase 100% dos votos favoráveis é hora de reafirmar o compromisso de firmeza na luta para que os avanços continuem e as conquistas sejam mantidas: 

‘’Reafirmo a importância de todos que aqui foram homenageados nesse dia. Reafirmo a importância da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil ao nosso lado na Luta de Classes, sendo base de apoio e fortalecimento do nosso sindicato. Principalmente por firmar uma forte identidade de luta a todos os nossos trabalhadores e trabalhadoras da vigilância. Desde que filiamos a CTB personalizamos tudo o que leva o nome Sinvig com essa bandeira de luta e isso deu a nossa categoria uma base de apoio, de confiança e certeza que não estamos sozinhos e seguiremos fortes.’’ 

E finalizou dizendo: ‘’A hora da luta é sempre agora, o tempo de comemorar encerra aqui nesse ato de posse, nosso compromisso não dá nos direito ao descanso pelo menos pelos próximos cinco anos. Ao final dessa nova gestão que findará em 2020 esperamos todos vocês aqui conosco novamente para prestar contas de nosso trabalho e passar o compromisso a outros colegas que virão somar forças. Mas até lá nós estaremos sempre com vocês companheiros da luta. – Saudações e muita força nas batalhas que temos pela frente!’’ 

Foto - Nova Direção Eleita do Sinvig para gestão 2015 à 2020. 

Assessoria de Informação - Sinvig 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

CHAPA 2 DE OPOSIÇÃO VENCE ELEIÇÕES DO SITTRACOL EM CHAPECÓ / SC

“Temos o compromisso de lutar pelos direitos dos trabalhadores, corrigir injustiças, recuperar direitos suprimidos pelo atual presidente, bem como realizar ampla campanha de filiação”. 

Direção Eleita e Lideranças Sindicais que contribuíram na vitória da Chapa 2
Chapa de oposição vence as eleições no Sittracol de Chapecó e Região Os integrantes da chapa 2 “Chapa dos Trabalhadores do Transporte – União e Mudança” venceram as eleições para a nova direção do Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Transporte Intermunicipal de Passageiros de Chapecó e região. 

Nas eleições que aconteceram nos dias 23 e 24 de abril, a Chapa 2 conquistou 68 votos e a da situação ficou com 51 votos. A proposta da chapa vencedora é unir a categoria, realizar campanha de filiação em massa e transformar o sindicato numa entidade forte e com amplo respaldo dos trabalhadores. 

A Posse do sindicato esta marcada para dia 9 de junho de 2015 para uma gestão de 5 anos. Logo após o resultado o novo presidente comemorou e agradeceu o emprenho de todos e todas que estiveram junto construindo essa vitória que mostra que a categoria não aceita sindicato fraco e distante dos trabalhadores. 

Segundo Sanzovo, havia um descaso da direção do sindicato com os trabalhadores, isso explica porque o sindicato tem poucos filiados, mas isso vai mudar, queremos construir um sindicato forte e que possa lutar por mais direitos para a categoria. 

Afirmou ainda, que a nova diretoria pretende fazer uma gestão democrática, onde as decisões sejam coletivas e com respaldo da categoria: “Temos o compromisso de lutar pelos direitos dos trabalhadores, corrigir injustiças, recuperar direitos suprimidos pelo atual presidente, bem como realizar ampla campanha de filiação”. 

Nossos agradecimentos às entidades que estiveram conosco no processo de construção dessa grande vitória. 

Valdir Sanzovo - Presidente Eleito

domingo, 26 de abril de 2015

NOVA DIRETORIA DA FETAEP TOMA POSSE

Ocorreu nesta sexta-feira (24) acontecerá a cerimônia de posse da nova diretoria, do conselho fiscal e dos respectivos suplentes da Fetaep (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná). A chapa “O Progresso Continua”, eleita com mais de 90% dos votos durante o 2º Congresso dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais do Paraná no dia 20 de março, assumirá a direção da federação para os próximos quatro anos. Ademir Mueller foi reconduzido ao cargo de presidente para a gestão 2015/2019.

O evento está marcado para acontece às 16h30, na sede da Fetaep, situada na Avenida Silva Jardim, 775, Rebouças. Conheça abaixo todos os integrantes da chapa “O Progresso Continua” que tomarão posse.

► Diretoria Efetiva da Fetaep

- Presidente: Ademir Mueller 

- 1º Vice-presidente: Marcos Junior Brambilla 

- 2º Vice-presidente: Maria Marucha S. Vettorazzi 

- Secretário-Geral: Carlos Alberto Gabiatto 

- 1º Secretário Geral: Silvana Maria de Oliveira 

- Secretário de Finanças e Administração: Claudio Aparecido Rodrigues 

- 1º Secretário de Finanças e Administração: Alexandre Leal dos Santos

Por Renata Souza - Fetaep

Reprodução/ Fonte: http://portalctb.org.br

1º DE MAIO: Centrais constroem grande ato de luta contra PL 4330

Sob o impacto das decisões tomadas na Câmara dos Deputados na noite da quarta-feira (22), as centrais sindicais e os movimentos sociais já se preparam para o grande ato do 1º de maio, o Dia Mundial do Trabalhador, em todo o país. Este ano a data será celebrada em defesa da democracia, da Petrobras, dos direitos sociais e trabalhistas, da soberania e pela reforma política democrática, com o fim do financiamento empresarial de campanha eleitoral.

Mais do que nunca, o propósito deste 1º de maio é unir as centrais sindicais, movimentos sociais e a esquerda progressista em uma única luta, caminhando para um movimento mais amplo, de greve geral contra o trabalho precário, a desregulamentação da CLT e a derrota na votação do PL da terceirização desenfreada na Câmara dos Deputados -- episódio compreendido pelo presidente da CTB, Adilson Araújo, como um assalto à classe trabalhadora e ao povo brasileiro.

"O que se viu na Câmara foi um atentado à democracia, ao direito do trabalho e à CLT. O parlamento acabou de rasgar a carteira de trabalho em um ato de traição a 50 milhões de famílias brasileiras", disse ele.

A festa do trabalhador irá reunir bandeiras importantes do mundo do trabalho e dos movimentos populares, entre elas, o repúdio ao PL 4330 e o combate à nova tentativa dos setores mais reacionários da sociedade brasileira de aprovarem a redução da maioridade penal. Em São Paulo, a comemoração será no Vale do Anhangabaú, região central, e terá início às 10 horas com um ato ecumênico, ao qual se seguirá o ato político com a participação de dirigentes sindicais, líderes partidários e representantes dos movimentos sociais.

À tarde, a partir das 13 horas se inicia o ato cultural, com shows de diversos artistas, entre eles Rappin Hood, Thobias da Vai Vai, Leci Brandão e Alceu Valença. “Este ano, os trabalhadores vão comemorar fazendo do 1º de maio o seu ato de luta!”, diz o diretor executivo da CTB, Eduardo Navarro.

E, de fato, a data este ano vem carregada de simbolismo, uma vez que paira perigosamente no ar a ameaça de perda de direitos constitucionalmente assegurados, caso sejam aprovados no Senado as nefastas mudanças propostas pelo PL 4330 e suas emendas, votadas e aprovadas a toque de caixa na Câmara, e que o tornaram ainda mais lesivo aos trabalhadores.

Portal CTB

Reprodução/ Fonte: http://portalctb.org.br

"REDUZIR A MAIORIDADE PENAL É ENTREGAR O OURO AO BANDIDO"

Assim que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171, que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos, o movimento popular, sentindo o baque, saiu às ruas contra essa tentativa de vingança e punição aos jovens pobres, comandada pela imprensa burguesa. ”O jovem é muito mais vítima da sociedade do que seu algoz”, defende Vítor Espinoza, secretário da Juventude Trabalhadora da CTB. “Cerca de 50 mil jovens negros são assassinados por ano no país. É isso que o Congresso e a sociedade precisam enxergar. A juventude brasileira precisa de espaço para expressar-se livremente e em segurança precisa de escola, de saúde, de cultura, de esporte, de lazer, não precisa de cadeia”, reforça.




O jornalista Tiago de França da Silva afirma que o recado dado por eles é claro: “não queremos assumir nenhum compromisso com vocês. Se vocês não estão dando conta de lidar com a falta de oportunidades na vida e ingressam no mundo do crime, o que temos a oferecer são as prisões, para nelas vocês aprenderem, pelo menos, a serem criminosos profissionais”. Já para o jovem blogueiro Johnny Brito “a ‘bancada da bala’ enxerga com clareza a violência que atinge principalmente as classes mais favorecidas da população. Mas se nega contundentemente a realizar uma análise real de suas causas. Nega-se a ver as centenas de milhares que são mortos todos os anos na periferia, nega-se a ouvir os apelos da anistia internacional para que parem de assassinar a juventude”.

► Visão jurídica e social

André Augusto Bezerra, presidente da Associação de Juízes para a Democracia sinaliza que “o fruto da redução da maioridade penal para a sociedade será o aumento da violência”. Ele interpreta a manutenção da maioridade penal aos 18 anos como cláusula pétrea da Constituição Federal. A mesma opinião tem a representante da Associação Nacional dos Defensores Públicos, Bruna Ribeiro Nunes. Para ela, o que pautou a discussão até agora foi um “conjunto de dados inverídicos”. Já o presidente da Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude, Renato Scussel acredita que existe na sociedade “um maior clamor de segurança pública. Quando se fala que mais de 83% da população são favoráveis à redução, na verdade vemos que 83% estão querendo é mais segurança pública, uma polícia mais equipada e mais qualificada e o combate à corrupção”.

A presidenta da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude, Maria Roseli Guiessmann revela que “o sentimento de todos os operadores do sistema de infância e juventude hoje é de indignação. Buscar a redução da maioridade penal achando que vai diminuir a violência juvenil só nos leva a pensar que estão enganando a sociedade e retirando os direitos consagrados dos jovens. Isso para nós é um retrocesso muito grande”. Pedro Hartung, do Instituto Alana, afirma que “proteger a criança é proteger a sociedade, e isso não tem nada a ver com política penal”. Todos os especialistas reconhecem que a mídia amplifica demais os crimes cometidos por adolescentes no país, que não atingem nem um por cento do total dos crimes no país.

► Escola x cadeia

Para a secretária de Promoção da Igualdade Racial da CTB, Mônica Custódio, os jovens precisam de boas escolas públicas em período integral. “A juventude deve estar na escola, nos parques, nos centros culturais, fazendo o que mais sabe fazer que é buscar respostas sobre o que estamos fazendo para legar um futuro melhor para as novas gerações”, alega. “Não queremos mais nossos jovens nas páginas policiais e sim trabalhando o potencial que tiverem para construir coisas novas”. Para Mônica não é com punição e castigo que uma sociedade feliz, democrática, onde todos possam viver em liberdade e em paz.

► Porque Dizer Não à Redução da Maioridade Penal


A presidenta do conselho, Mariza Monteiro Borges, lembra que "a causa da violência e da criminalidade não passa pela idade como fator determinante. Todas as estatísticas de crimes mostram que o percentual de crimes graves cometidos por adolescentes, de 16 a 18 anos, é muito pequeno em relação ao número total". Já a vice-presidenta do Conselho Federal de Serviço Social, Esther Lemos, reforça que o sistema prisional brasileiro é fracassado e que condenar os jovens à prisão é condenar o futuro do país. "Não devemos abandonar a proteção integral aos jovens", avalia.

Espinoza ironiza que com essa menida o adolescente “vai sair da prisão com pós-graduação em criminalidade”. Porque os presídios brasileiros estão dominados por organizações do crime organizado que comandam as ações criminosas de dentro das prisões, inclusive. “Jogar nas mãos dessa gente meninos e meninas de 16, 17 anos é lhes facilitar o aliciamento dos jovens. É o mesmo que entregar o ouro ao bandido", reclama. O cetebista defende a escola integral como forma de coibir a violência e criar melhores condições de vida às crianças e adolescentes, além de ampliar o acesso ao ensino técnico e criar políticas públicas que fomentem o primeiro emprego com qualificação, porque “a juventude enfrenta muita dificuldade em conseguir e se manter no emprego”, sintetiza.

Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB


Reprodução/ Fonte: http://portalctb.org.br

LUTEMOS CONTRA A TRAIÇÃO E A ESCRAVIDÃO

''Não podemos permitir a legitimação e generalização do trabalho precário no Brasil.''

O Projeto de Lei 4.330/04, relatado pelo deputado Arthur Maia (Solidariedade-BA) e aprovado na Câmara dos Deputados quarta-feira, 22, consagra a terceirização ampla, geral e irrestrita da economia brasileira, estendendo-a a 100% das atividades-fim. Se for transformado em realidade significará a maior derrota da classe trabalhadora desde o golpe de 1964.


Quem imaginou que teríamos chance na votação dos destaques pode constatar que a emenda saiu pior que o soneto, conforme sugere o ditado popular. O PL eleva ao grau mais elevado da nossa história a escravidão do trabalho assalariado, submetendo mais de 50 milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros à exploração e ao tacão de dois patrões, redução de salários, direitos e benefícios, discriminação nos locais de trabalho, maior incidência de doenças, acidentes e mortes.

É a sepultura da CLT e o reino da total insegurança jurídica para a classe trabalhadora, visto que as gatas (empresas que alugam a força de trabalho) têm como norma de conduta a burla dos direitos sociais e as empresas contratantes das terceirizadas não terão responsabilidade solidária sobre débitos trabalhistas.

Somente quem ainda acredita em Papai Noel pode pensar que o monstrengo aprovado na Câmara Federal, com o apoio maciço da direita neoliberal (PSDB, DEM, PPS e cia) e do Solidariedade (liderado pelo Paulinho da Força), será bom para o povo.

O projeto aprovado no dia 22 de abril contraria os interesses da ampla maioria da nação brasileira, é um projeto lesa-pátria que subordina direitos trabalhistas aos interesses do rentismo, do latifúndio, dos grandes empresários, do lucro máximo. Trata-se de um profundo retrocesso social, que ameaça remeter as relações sociais entre patrão e empregado de volta ao início do século XX em nosso país, quando inexistiam direitos do trabalho.

Não podemos permitir a legitimação e generalização do trabalho precário no Brasil. Vamos intensificar o árduo trabalho de conscientização das bases sindicais e da sociedade sobre o que está em jogo no Congresso Nacional, realizar grandes manifestações no 1º de Maio e preparar o Dia Nacional de Lutas e Paralisações para o final do mês de maio. E, se não houver solução para o problema, o caminho será a construção de uma greve geral para impedir que este golpe traiçoeiro desfechado pelo patronato contra a classe trabalhadora seja consumado. E nesta tarefa de convencimento, esclarecimento e elevação da consciência de classe do nosso povo não podemos abrir mão de denunciar a traição. Esta não merece perdão.

Adilson Araújo
Presidente da CTB Nacional

Reprodução/ Fonte: http://portalctb.org.br

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Sintaema/SC - Informativo Bomba D´Água




Baixe em Arquivo PDF aqui Bomba D´Água

Fonte: http://www.sintaema.org.br/

CTB-SP promove panfletagem no metrô contra o PL da terceirização

A CTB São Paulo promoveu na manhã desta quarta-feira (22), uma panfletagem com o jornal especial sobre o Projeto de Lei 4330 da terceirização. O intuito da atividade, realizada em quatro estações de metrô (Sé, Tatuapé, Jabaquara e Santana), foi alertar a população para a discussão que está sendo travaa em Brasília.

"A população precisa ficar a par dos perigos que corremos com a aprovação desse projeto, que precariza as condições de trabalho e retira direitos dos trabalhares terceirizados. Não podemos permitir que isso aconteça", afirmou onofre Gonçalves, presidnete da CTB-SP.

O primeiro e único item a ser apreciado no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta é o PL 4330, que regulamenta e amplia a terceirização para todas as atividades de uma empresa privada.

Na semana passada, os deputados retiraram do texto a terceirização das empresas públicas e de economia mista. Ainda falta votar os destaques. O mais polêmico deles retira do texto do projeto a possibilidade de terceirizar qualquer atividade e restringe apenas para a atividade meio - aquela que não é a principal função da empresa, como segurança, limpeza e alimentação.

Em diversos estados do país, trabalhadores organizaram protestos para pressionar os parlamentares a não aprovarem o projeto.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

28 DE ABRIL - DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA DAS VITIMAS DE ACIDENTE DE TRABALHO

Encontro debate saúde e segurança no trabalho em Chapecó no dia 28.

Nos últimos quatro anos o número de notificações de acidentes e doenças do trabalho cresceu 325% na macrorregião Grande Oeste. No ano passado oito trabalhadores morreram vitimas de acidentes de trabalho. Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de doenças e acidentes no trabalho. No Estado os trabalhadores adoecem 48% a mais que a média nacional. Já o Brasil está na quarta colocação em nível mundial.

Dirigentes Sindicais de Chapecó e Região - Santa Catarina
O movimento sindical e instituições ligadas à área atuam sistematicamente para impedir o crescimento dos números apontados pelas estatísticas, mas o cumprimento da missão, apesar da insistência, tem se mostrado difícil. A irresponsabilidade e o não cumprimento de leis são os responsáveis pela evolução do volume de doenças e acidentes, causados pela indiferença do processo produtivo.

Para chamar atenção e promover enfrentamento a esta grave situação, Chapecó vai sediar dia 28 deste mês o Encontro Estadual do Movida - Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da classe trabalhadora catarinense. O ato público deve reunir mais de dois mil líderes sindicais, trabalhadores e autoridades na Praça Coronel Bertaso, após caminhada pela Avenida Getúlio Vargas, a partir das 9 horas.

Durante a pacífica manifestação os organizadores apresentarão propostas de apoio e assistência à saúde do trabalhador. Envolvendo as mesmas áreas, serão assinados protocolos de trabalho. O Movida defende pelo menos 15 propostas de proteção ao trabalhador, cuja efetivação é competência dos governos Federal e Estadual, Assembleia Legislativa e setores econômicos. Duas das proposições pedem a criação da Secretaria Estadual do Trabalho e Lei Estadual de Saúde do Trabalhador. Todas as ações envolvem os Ministérios Público do Trabalho, do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, para fiscalizar e punir os infratores.

► Idade tenra

O tema adotado “Trabalhar para viver, não para morrer” evidencia o objetivo central do ato público, promovido por instituições e centrais sindicais CTB, NCST e UGT, Contricom e União Sindical. O encontro vai mostrar e alertar para o problema “que provoca o adoecimento de 10% da população ativa”, observa o presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores nas Indústrias, Idemar Antônio Martini. Acrescenta que “o mais lamentável” é que a maioria das “vítimas” está na faixa etária entre 30 a 40 anos.

As cidades com mais acidentes são Joinville, Blumenau, Florianópolis, Chapecó e Itajaí. A atividade mais insegura continua sendo a agroindústria com quase 2.000 afastamentos. Setores têxteis e comércio varejista complementam a relação. Em Chapecó, mais de 1,2 mil ações judiciais colocam o Município como líder no ranking estadual envolvendo este tipo de processo.

As normas vigentes “são vagas e insipientes” condena a presidente do Siticom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó) Izelda Oro. Ela não tem dúvida que por isso “é preciso agir com mais vigor e evoluir”. A organização do evento reforça, em forma de alerta, que persistindo o atual ritmo de crescimento dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, um exército de mutilados e inválidos será formado no país.

Informações Siticom

Reprodução Fonte: http://portalctb.org.br/

"PL 433 cria situação dramática para o terceirizado", diz ministro do TST

“Para mim, parece de uma clareza muito grande em termos de justiça. Nada mais justo que o sindicato se empenhe em ter conquistas e ter um retorno de quem não é filiado”.

Representantes das centrais sindicais reunidos com o presidente do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antônio José de Barros
Levenhagen
Representantes das centrais sindicais se reuniram nesta quinta-feira (17), em Brasília, com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antônio José de Barros Levenhagen, para discutir medida que trata do financiamento das entidades sindicais. A CTB esteve representada pelo presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, e pela assessora jurídica, Zilmara Alencar.

As centrais sindicais, de forma unânime, querem o cancelamento do Precedente Normativo n° 119, do TST, que limita a obrigatoriedade da contribuição sindical apenas aos trabalhadores filiados à entidade sindical. Os dirigentes entendem que já que os benefícios e melhorias conquistados são garantidos a todos os empregados, filiados ou não, a contribuição deve ser extensiva a todos também, como contrapartida da categoria pelas despesas da entidade sindical com a campanha salarial.

Levenhagen reconheceu a importância do trabalho das entidades sindicais e de seu financiamento pela categoria profissional. “É uma questão de justiça. [a entidade] Está prestando um serviço à categoria e nada mais justo que todos contribuam. Está na hora de rever isto”, disse o ministro.

No entanto, para que o cancelamento do PN ocorra, é preciso que o Pleno do Tribunal decida, por maioria absoluta (14 votos favoráveis). Levenhagen foi bastante sensível à reivindicação das centrais e se comprometeu em defender a tese do cancelamento. “Estou empenhado. Assim que sair o parecer da comissão, irá para o Pleno decidir”, afirmou.

O presidente do TST enfatizou: “Para mim, parece de uma clareza muito grande em termos de justiça. Nada mais justo que o sindicato se empenhe em ter conquistas e ter um retorno de quem não é filiado”.

Para o dirigente da CTB, é muito positivo o ministro ter se colocado ao lado das centrais para buscar uma solução. “É muito importante o posicionamento firme do ministro. A partir de agora, cabe a nós das centrais sindicais também fazermos um trabalho junto aos ministros do TST para que, efetivamente, essa súmula, juntamente com o Precedente, seja revogada e, a partir daí, se estabeleça uma relação de autonomia sindical”, ressaltou.

Guiomar Vidor lembrou que o princípio da liberdade e da autonomia sindical sempre foi uma bandeira da CTB. “Isso é o que efetivamente a gente quer. Claro que sempre com responsabilidade e respeitando a convocação de assembleias massivas de trabalhadores, garantindo seu direito de oposição e o princípio da razoabilidade desse desconto”, explicou.

► Terceirização

Vidor fez, ainda, um reconhecimento público da importância do apoio do presidente do TST não só na questão do financiamento das entidades sindicais, mas, também, contra o Projeto de Lei 4330/2004, que trata da terceirização no país e que representa graves tentativas de retirada de direitos, já aprovado pelo plenário da Câmara dos deputados.

O ministro, mais uma vez, demonstrou serenidade, clareza e compromisso com as causas dos trabalhadores. “É meu dever e minha convicção pessoal. Quando se fala em terceirizar a atividade fim, estamos falando em aumentar a lucratividade. [o projeto] Cria uma situação muito dramática para o terceirizado e é claramente retirada de direito”. E alertou: “O projeto que está vindo da Câmara contém normas em branco. E quando [um projeto] contém normas em branco, isso é um perigo”.

A CTB está empenhada contra o PL 4330/04 e tem realizado manifestações e protestos em todo o país para impedir que este nefasto projeto avance no Congresso Nacional. Na próxima semana, o projeto volta à pauta do Plenário da Câmara para votação dos destaques da proposta. A CTB e sua militância fará uma vigília, em Brasília, na quarta-feira (22), contra esta tentativa de precarização das relações de trabalho. O ato começa às 10h, no PASSI (Posto Avançado de Ação Sindical, Social e Institucional), e às 14h na Câmara, na entrada do Anexo II.

Daiana Lima, de Brasília - Foto: Valcir Araújo

Reprodução fonte: http://portalctb.org.br/

quinta-feira, 16 de abril de 2015

CTB lança jornal sobre prejuízos da terceirização para trabalhadores

A CTB disponibilizou, na última quarta-feira (15), Dia Nacional de Paralisação, uma edição especial do Jornal da CTB, para mostrar à sociedade como a aprovação do Projeto de Lei 4330, da terceirização afetará a vida da classe trabalhadora.

Nesta edição especial, juízes, especialistas e líderes sindicais são unânimes aos afirmar que o PL 4330 promove o desmonte do regime jurídico trabalhista e rasga a CLT, que representa consolidação dos direitos da classe trabalhadora, durante conquistados.

Entre outras questões, o famigerado PL 4330/04, promove a ampliação da terceirização indiscriminadamente; institui a responsabilidade subsidiária contra a responsabilidade solidária das empresas; institui a quarteirização e com isso a precarização das condições de trabalho, entre outros prejuízos. 

Estudos apresentados pelas centrais sindicais, demostram que os terceirizados trabalham três horas a mais por dia do que os empregados formais para ganhar, em média, um salário 24% menor. A diferença vai, é claro, para os bolsos dos empresários, tanto os que alugam como os que contratam mão de obra terceirizada.

O Brasil tem hoje 35 milhões de empregados formais e 13 milhões de terceirizados. Caso esta lei seja aprovada na Câmara, e depois no Senado, em pouco tempo a relação será certamente invertida porque nenhuma empresa vai querer pagar mais se pode gastar menos com seus funcionários.

Baixe aqui a versão em pdf e saiba o que ocorrerá caso o projeto seja aprovado.

Fonte: Portal CTB - http://portalctb.org.br/

CTB acompanha relançamento de Frente Parlamentar da Educação

Foto: CTB, representada por Marilene dos Santos Betros e Claudemir 
Nonato junto com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro
Em defesa da educação brasileira e ciente das inúmeras ações que ainda precisam ser implementadas para o desenvolvimento nacional, a CTB, representada por Marilene dos Santos Betros e Claudemir Nonato (na foto, com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro), acompanhou nesta quinta-feira (16) o relançamento, na Câmara dos Deputados, da Frente Parlamentar Mista da Educação.

O evento contou com a presença do ministro da Educação, prof. Renato Janine Ribeiro, de parlamentares, entre eles Alice Portugal (PCdoB/BA) e Alex Canziani (PTB/PR), presidente da Frente, e da vice-reitora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Carla Liane Nascimento dos Santos.

Na ocasião, os representantes da CTB reiteraram o teor do documento entregue ao MEC com as reivindicações da Central, entre elas a que trata da participação no processo de construção dos Planos Estaduais e Municipais de Educação e do Sistema Nacional de Educação.

A Frente Parlamentar Mista da Educação, formada por 247 deputados e 4 senadores, terá como primeira missão garantir, na Lei Orçamentária de 2016, recursos para atender as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE) para a educação infantil. De acordo com o PNE, o Brasil deverá universalizar, até o ano que vem, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade. Em 2014, o Congresso destinou R$ 3,5 bilhões para a implantação de escolas de educação infantil.

Também na questão orçamentária, a frente estará mobilizada pela emenda constitucional que desvincula receitas da União (a regra atual vence em 31 de dezembro de 2015), para manter a educação de fora dessa desvinculação, a exemplo das emendas anteriores.

A Desvinculação de Receitas da União (DRU) é um mecanismo que permite ao governo desvincular até 20% das receitas das contribuições sociais – excetuando as previdenciárias – para o orçamento fiscal. A partir de então, esses recursos podem ser usados, por exemplo, para o pagamento de juros da dívida.

◙ Metas nacionais

Para Alex Canziani, também serão prioridades da frente acompanhar o cumprimento das metas do PNE que tratam: da criação, pelo Ministério da Educação, do grupo de trabalho que vai estabelecer a base nacional curricular; da formação dos professores; e da implantação da banda larga nas escolas.

O deputado ressaltou que, na legislatura passada, a frente teve “atuação decisiva” na aprovação do Plano Nacional de Educação. “Nós ajudamos a articular e a negociar com todos os setores envolvidos e, depois de quatro anos de muitos embates, conseguimos aprovar uma legislação que ajudará a revolucionar a educação brasileira.”

A agenda legislativa da educação inclui ainda debates sobre:

► Diretrizes para as carreiras do magistério (PL 1287/11);

► Reforma do ensino médio (PL 6840/13);

► Lei de Responsabilidade Educacional (PL 7420/06);

► Sistema Nacional de Educação (PLP 413/14);

► Regime de cooperação entre entes federados (PLP 15/11);

► Regulamentação da Lei do Piso Nacional (Lei 11.738/08);

► Projeto que autoriza as universidades a instituírem fundos patrimoniais para permitir a ex-alunos fazerem doações com desconto no Imposto de Renda, a exemplo do que ocorre nas universidades americanas (PLs 6260/09 e 4643/12);

► Repasse de recursos federais para instituições de ensino superior estaduais e municipais (PLs 1559/07 e 3717/08).

Por, Daiana Lima, de Brasília

Reprodução/Fonte: http://portalctb.org.br/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

INFORMATIVO DO SINTAEMA SANTA CATARINA

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Arquivo em PDF:
http://www.sintaema.org.br/imagens_adm/pdf/bomba_d_agua/bomba-764_4402.pdf

Fonte: http://www.sintaema.org.br/

ATO CONTRA PL 4330 REÚNE 30 MIL PESSOAS EM PINHEIROS

Aproximadamente 30 mil pessoas deixam o Largo da Batata, na zona oeste da capital, neste início de noite, em direção à avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) dando continuidade ao ato de protesto contra o PL 4.330, que legaliza a terceirização do trabalho no país, em tramitação na Câmara dos Deputados. No local vão encontrar outros movimentos e trabalhadores que protestam desde o início da tarde e também com os professores, cuja greve que completou um mês na segunda-feira tem sido ignorada pelo governo do estado e pela mídia.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que existem três recados a ser transmitidos com a manifestação: o primeiro, para a "elite preconceituosa": "Vamos passar pelo ninho deles, pelos Jardins, para dizer que a rua é do povo, e que eles não vão nos impedir de ocupar as ruas".

O segundo recado do MTST, que está à frente do ato, é para a presidenta Dilma Rousseff: "Se o PL for aprovado, a Dilma tem o dever de vetá-lo. Não vamos aceitar as MPs (medidas provisórias) do ajuste (fiscal). O governo Dilma não foi eleito para cassar direito de trabalhador, nem pra fazer ajuste, nem pra colocar o (Joaquim) Levy na Fazenda (ministério). Não vamos ataque contra trabalhadores pobres, venha de onde vier. O MTST não tem rabo preso com ninguém".

O último recado vai para o empresariado: "Nós vamos terminar este ato na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na avenida Paulista) pra dizer que eles não devem cantar vitória antes da hora. O PL 4.330 não vai passar. E se passar, vamos barrá-lo, nem que seja na marra".

Guilherme Boulos lembrou que na manifestação não vão ser vistas coisas como no domingo (12), quando muita gente afirmou que Dilma tem que ir embora, mas ninguém questionou Eduardo Cunha (presidente da Câmara), que comandou a votação do PL 4.330, nem protestou Renan Calheiros (presidente do Senado), que coloca em pauta novamente a lei antiterrorismo, que na prática ataca o direito de manifestação, nem contra o governador Geraldo Alckmin, que deixou acabar a água em São Paulo e ignora a greve dos professores.

Guilherme Boulos lembrou que na manifestação não vão ser vistas coisas como no domingo, quando muita gente afirmou que Dilma tem que ir embora, mas ninguém questionou Eduardo Cunha, que comandou a votação do PL 4.330, nem protestou Renan Calheiros, que coloca em pauta novamente a lei antiterrorismo, que na prática ataca o direito de manifestação, nem contra Alckmin que deixou acabar a água em São Paulo e ignora a greve dos professores.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que é essencial a unidade da esquerda para derrotar a mobilização da direita. Afirmou que o PL 4.330 é só o primeiro de uma série para suspender direitos dos trabalhadores. A redução da maioridade a lei antiterrorismo vieram para acabar com direitos da população e mandou recado a Eduardo Cunha: "Você não manda no Brasil. Vamos fazer uma greve nacional se for preciso".

A candidata pelo Psol à presidência da República em 2014, Luciana Genro, ressaltou que hoje há 30 mil trabalhadores se manifestando, professores em greve, mas a cobertura da imprensa não chega nem perto dos atos do fim de semana. É preciso garantir a união entre o povo, os jovens, os negros, as mulheres, as centrais, para juntos barrar o PL 4.330 e o “ajuste”, que as medidas para sair da crise são o imposto sobre grandes fortunas e auditoria da dívida e não onerar ainda mais o trabalhador.

Personagens

Maria de Fátima Silva, representante do MTST há 17 anos e mora em um assentamento no Vale do Paraíba, chamado Egídio Brunet, diz que está no ato para lutar por terra: "Meu povo precisa de terra pra plantar".

Cícero Raimundo, militante do MTST, está há dois anos em uma ocupação na Vila Silvia, na zona leste da capital, e o local está para passar por reintegração de posse em breve: "Nossa principal pauta, além de barrar as terceirizações, é pressionar a Dilma para que ela abre logo a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida".

O integrante do movimento negro Circuito Palmarino Vanderlei Victorino diz: "Estamos aqui principalmente contra a redução da maioridade penal e pelo fim do genocídio da juventude negra nas periferias. "Nós sabemos que a redução só vai encarcerar ainda mais a população negra e não consegue resolver a questão da violência. Menos de um por cento dos homicídios é cometido por jovens com menos de 18 anos.

Reprodução fonte: http://portalctb.org.br/

CHAPECÓ - BANCÁRIOS MOBILIZADOS CONTRA O PL 4330


Na manhã desta quarta-feira (15), o Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região realizou, em parceria com outras entidades, um ato contra o Projeto de Lei 4330, da terceirização. A mobilização reuniu movimentos sindicais em todo o país, num protesto nacional em defesa dos direitos trabalhistas.

Representantes dos bancários da região, dos sindicatos dos professores, dos transportes, de água e esgoto, categorias terceirizadas, trabalhadores em agroindústrias, estudantes e advogados trabalhistas se reuniram no centro de Chapecó para mostrar à sociedade como a proposta afeta os trabalhadores.

Os sindicatos argumentam que a terceirização precariza as condições de trabalho, pois possibilita a contratação de funcionários como prestadores de serviços, sem as conquistas das convenções coletivas e direitos garantidos pela CLT.

Estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) reafirmam essa preocupação e revelam que a terceirização aumenta a carga de trabalho e reduz os salários. Em 2013, os empregados terceirizados recebiam 24,7% a menos que os que tinham contratos diretos com as empresas – nos bancos essa diferença pode chegar a 75% – e cumpriam uma jornada semanal de três horas a mais.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região, Sebastião Araujo, a terceirização ameaça as conquistas trabalhistas e representa um retrocesso. “O Projeto de Lei 4330 é o maior atentado aos direitos trabalhistas em muito tempo. Os efeitos da terceirização são extremamente prejudiciais ao trabalhador e não podem ser aceitos pela sociedade.”

► O que representa o PL 4330

- Libera a terceirização para atividade-fim: As empresas poderão contratar prestadores para toda e qualquer atividade. Hoje, apesar de não haver legislação específica, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) proíbe a terceirização das principais atividades das empresas. Com a aprovação do PL 4330 isso acabará. Por exemplo, os bancos poderão funcionar sem qualquer bancário, apenas com caixas e gerentes fornecidos por empresas terceirizadas. A empresa terceirizada também poderá repassar a outrem, quarteirizando, e assim sucessivamente.

- Estabelece a responsabilidade subsidiária: O PL acaba com a possibilidade do estabelecimento da responsabilidade direta e solidária entre a empresa que contrata os serviços e a prestadora. Isso quer dizer que, caso uma empresa terceirizada não cumpra com suas obrigações trabalhistas, a tomadora dos serviços não precisará arcar de imediato com os prejuízos que o trabalhador poderá sofrer.

- PJ: O PL 4330 permite a formação de empresas prestadoras de serviços sem funcionário – a PJ é empresa de uma pessoa só. Estas não têm direitos básicos garantidos pela CLT, como férias, salários, licenças, etc., pois a relação se dará entre empresas.

- Acidentes de trabalho: Estatísticas apontam que para cada 10 acidentes com morte no trabalho no Brasil, oito são de trabalhadores terceirizados.

Fonte: Seeb Chapecó.

terça-feira, 14 de abril de 2015

PL 4330: CTB denuncia precarização em audiência pública no Senado

Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (13) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, a requerimento do senador Paulo Paim (PT/RS), os segmentos envolvidos com o Direito do Trabalho foram categoricamente contra o projeto de lei que permite a terceirização (PL 4330/2004), evocando a sua inconstitucionalidade ao permitir a precarização das relações trabalhistas.

Ao se pronunciar, o vice-presidente da CTB, Joílson Cardoso, criticou o relatório do deputado Arthur Maia (Solidariedade-BA) ao dizer que houve acordo com as centrais sindicais sobre a matéria. “Não podemos aceitar essa argumentação do relator porque ela é falsa. Na verdade, na mesa quadripartite [representates dos trabalhadores, empresários, governo e legislativo], não houve acordo, o deputado apresentou seu relatório de acordo com os interesses dos empresários”, denunciou. Ele citou, ainda, dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) para mostrar o quanto a terceirização precariza as relações de trabalho. “A terceirização rebaixa o salário do trabalhador em todas as áreas. Em média, os trabalhadores ficam três anos no emprego, terceirizados não ficam dois. A remuneração dos terceirizados diz respeito a menos 20% e têm jornada de trabalho três horas a mais”.

Segundo Cardoso, as centrais sindicais querem regulamentar a situação dos trabalhados terceirizados, mas não nos moldes do PL 4330/04. “Estamos de acordo e queremos regulamentar a terceirização. Mas para garantir direitos e para que os terceirizados não sofram o que sofrem hoje, que é a precarização, o calote, os salários baixos. Essa regulamentação do deputado Arthur Maia nós não queremos, porque ela quer ampliar a terceirização para todas as áreas. Queremos regulamentar os 12 milhões nessa situação. Mas, não queremos pegar os 34 milhões e colocar na vala comum, do rebaixamento, no assédio, em tudo de ruim que representa a terceirização”, disse. 

Joílson Carsos ressaltou que é preciso impedir que essa matéria avance no Senado. “A terceirização precisa cair, precisa ser derrubada pelo Senado, pela manifestação que vamos fazer no próximo dia 15. O PL 4330 é inconstitucional e, mais ainda, ele fere tratados internacionais que o Brasil fez, como com a OIT. Esperamos que essa matéria seja barrada no Senado e volte para Câmara”. O dirigente também reforçou que a CTB se soma às centrais contra a terceirização. “O relator dizia que as centrais estão divididas, mas eu tenho certeza que a base das centrais estão unidas contra esse famigerado PL 4330”, afirmou o dirigente.

O senador Paulo Paim afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) já confirmou uma sessão temática sobre terceirização com a participação das centrais sindicais. “Aqui não será como na Câmara. Lá na Câmara foi atropelado, aqui não será atropelado”, disse.

Direito do Trabalho

Segundo o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antonio José de Barros Levenhagen, a terceirização foi trazida para o Brasil sem muitas considerações depois de sua implantação nos Estados Unidos, sob um contexto específico do mercado de trabalho daquele país. À época, pelo fato de o Brasil não ter uma lei para preservar o direito dos trabalhadores que estavam sendo terceirizados, o Tribunal editou a Súmula 331, ainda hoje utiliza nos julgados, que proíbe a terceirização da atividade-fim. “O tribunal tinha que estabelecer regras para proteger os direitos. Na época se falava em terceirização predatória”, ressalta. Levenhagen explicou ainda que a Súmula trata da atividade-fim pois já havia legislação específica para a atividade-meio. “A atividade-fim valia-se de fontes subsidiárias do direito, por isso decidimos que teríamos que dar uma proteção a esses trabalhadores”, afirmou.

Levenhagen destacou ainda que a República Federativa do Brasil, como Estado Democrático de Direito, dentre seus fundamentos, determina os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. “Um desses dois fundamentos não pode sobrepujar o outro. Há que se encontrar o equilíbrio. A produtividade da empresa não implica subtrair direitos dos seus empregados”, frisou. O ministro disse ainda que, enquanto a Súmula 331 estiver em vigor, ela será aplicada. “Hoje não se pode pensar um Brasil grande, em que haja melhor distribuição de renda, sem se dar a devida consideração àquilo que a CLT, essencialmente, deu de proteção ao empregado. Agimos com dureza ao mal empregador, para preservar a empresa como fonte de renda e emprego”, finalizou.

MPT

O procurador do Ministério Público do Trabalho, Helder Santos Amorim, destacou o grave cenário vindo a partir da possível aprovação do texto base do PL 4.330/04. “O MPT é firme: terceirizar a atividade finalística é inconstitucional”, enfatizou. O Ministério Público, conforme analisou, tem como um dos seus objetivos o combate às fraudes na relação de emprego. “Uma das fraudes que mais sobressaem é a terceirização da atividade-fim. Temos profundo conhecimento de causa”, afirmou, ao dizer ainda que as razões que levam o MPT combater o projeto é proteger o emprego direto como um regime de proteção social constitucional do trabalhador.

“A Constituição de 1988 foi a primeira que inseriu os direitos dos trabalhadores no rol dos direito fundamentais. Um arcabouço que tem a missão de melhorar a condição social do trabalhador”, lembrou. Amorim alertou ainda que a terceirização esvazia a Constituição Federal, pois permite ao empregador manipular os números de empregados e terceirizados para impedir que seus direitos sejam exercidos. “É a norma constitucional submetida à vontade do empregador. A empresa que terceiriza manipula seus dados, reduz número de empregados, e burla todas as regras constitucionais. Estamos com problemas sérios, que são problemas de efetividade de normas constitucionais”, frisou.

“O MPT não tem nenhuma sugestão de aperfeiçoamento do projeto de lei enquanto não houver a disposição da Casa Legislativa em excluir a terceirização da atividade-fim”, enfatizou. A atividade-meio, conforme lembrou, foi uma reivindicação das empresas como forma de viabilizar o exercício de sua atividade-fim. “Agora o discurso se radicaliza. É a precarização do trabalho. A submissão do trabalho ao lucro. Não concordamos e não admitimos negociação no plano político. Essa terceirização, inclusive nas empresas públicas e sociedade de economia mista, acaba com o regime de concurso público. Se uma estatal decide terceirizar quaisquer atividades, ela não vai fazer concurso público”, alertou. Amorim acredita que o quadro pode ser revertido. “Sabemos que o cenário político é adverso, mas não desistimos de lutar. O dia seguinte será a nossa luta pelo reconhecimento da inconstitucionalidade da terceirização da atividade-fim”, finalizou.

Magistratura

A secretária-geral da Anamatra, Noemia Aparecida Garcia Porto, também informou que a Associação dos Magistrados do Trabalho é contra o PL 4.330/04. “Somos contrário a tudo que ele representa em termos de precarização dos postos de trabalho no Brasil”, afirmou. Porto lembrou ainda que o Brasil é membro da Organização Internacional do Trabalho (OIT) desde 1919. “Com a criação da OIT ficou claro que o trabalho não pode ser visto como mera mercadoria. A terceirização representa a mercantilização do trabalho contra a qual o Brasil se comprometeu combater. Além do compromisso internacional, temos um compromisso interno forte com a Constituição da República, inovadora no que se trata de proteção ao trabalho como direito fundamental da pessoa humana”, disse.

Porto disse ainda que o PL não vai criar mais postos de trabalho e ainda vai contribuir para a péssima qualidade do emprego brasileiro. “O discurso se concentra num único indicador, que é justamente no de criação de postos de trabalho. É necessário discutirmos outros indicadores para o trabalho decente, como o maior risco de acidentes de trabalho, o inadimplemento das obrigações trabalhistas pela empresa”, reforçou. De 16 audiências realizadas pela Justiça do Trabalho, nove discutem a terceirização. “Temos quantidade imensa de processos. Isso mostra a ineficiência da terceirização, com lastro de trabalhadores sem direitos reconhecidos”, enumerou.

OAB

Seguindo o mesmo princípio constitucional, o presidente da Comissão de Direito do Trabalho OAB, Dino Andrade, falou que não é só a terceirização que o projeto trata. “O PL permite que a terceirizada, terceirize. É a quarteirização do trabalho”, reforçou. Para Andrade, é necessário aprofundar a reflexão, já que a aprovação do PL representa um retrocesso para o mercado de trabalho. “A OAB é contra esse projeto”, disse.

Dieese

A assessora da Direção Técnica do Dieese, Lilian Arruda Marques, contextualizou as transformações do mercado de trabalho da década de 90, o que influenciou o mercado. “Os empresários adotaram medidas de reestruturação da produção a fim de reduzir custos e não para contratar técnicos especializados”, contextualizou, afirmando que, portanto, o atual discurso de especialização não se justifica. “Os dados, inclusive judiciais, mostram que não houve essa especialização”.

Segundo dados do Dieese, em 2013 existiam 12 milhões de terceirizados, excluindo o setor rural. “É significativo o que já está terceirizado. Com o PL, os números podem ser piores em poucos anos”, destacou. Já a remuneração é menor em 24%. “Se não houvesse uma política de valorização do salário mínimo, os dados seriam piores”, ressaltou. Marques falou ainda sobre a alta taxa de rotatividade e sobre o aumento do número de trabalho escravo. “Dos 3.553 trabalhadores resgatados, 3 mil era terceirizados”, concluiu. 

ANPT

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo, assim como os demais representes, afirmou que a ANPT é contra o PL 4.330/04. “Não é de maneira intuitiva, é pela vivência no mundo do trabalho. O projeto é um ataque grave aos direitos do trabalho, à espinha dorsal da legislação trabalhista. Significa terceirizar inclusive os formalizados”, reforçou.

Também participa do debate público o ​secretário de Serviço Público da CTB, João Paulo Ribeiro. A audiência acontece na sala 2, da Ala Nilo Coelho e pode ser acompanhada pela internet, noPortal e-Cidadania, ou por meio do Alô Senado (0800-612211).

Daiana Lima, de Brasília - Portal CTB

TERCEIRIZAR É PRECARIZAR O TRABALHO

''Combater a terceirização é combater às fraudes na relação de emprego.''

Ivânia Pereira presidenta do Sindicato dos Bancários de 
Sergipe e secretária Nacional da Mulher da CTB 
A precarização do trabalho ou a terceirização foi introduzida no Brasil depois de sua implantação nos Estados Unidos, sem considerar as especificidades do mercado e da legislação brasileira. Naquele período, o Superior Tribunal editou a Súmula 331, que proíbe a terceirização da atividade-fim pelo fato de o Brasil não ter uma lei para preservar o direito dos trabalhadores que estavam sendo terceirizados. E hoje, o que os parlamentares empresários e os parlamentares eleitos com o financiamento privado querem é rasgar a CLT para precarizar o trabalho. 

A Constituição de 1988 foi a primeira que inseriu os direitos dos trabalhadores no rol dos direito fundamentais através de um arcabouço de normas que tem a missão de melhorar a condição social do trabalhador e trabalhadora. Portanto, o PL 4330 da terceirização esvazia a Constituição Federal, consentindo ao empregador manipular os números de empregados e terceirizados para impedir que seus direitos sejam exercidos. 

Podemos afirmar que terceirizar a atividade finalística além de ser inconstitucional é a norma constitucional submetida à vontade do empregador. Delegando a empresa que terceiriza manipular seus dados, reduzir número de empregados, e burlar todas as regras constitucionais. O Brasil precisa dar efetividade às normas constitucionais. 

Combater a terceirização é combater às fraudes na relação de emprego. Uma das fraudes que mais sobressaem é a terceirização da atividade-fim, a manipulação dos depósitos do FGTS, do INSS e a famigerada “mudança de razão social”. Qual o trabalhador ou trabalhadora terzeirizada(o) que não já passou por essas experiências. 

Os empresários alegam que a terceirização aumenta o lucro, então para aumentar a lucratividade da empresa vão subtrair direitos dos seus empregados? 

Se uma estatal decide terceirizar quaisquer atividades, ela não vai fazer concurso público, isto quer dizer que o acesso a emprego ou cargo público deixa de ser um processo seletivo que permite o ingresso de modo amplo e democrático. Deixa de ser um procedimento impessoal e passa a valer o apadrinhamento. 

O PL 4330 permite que a terceirizada, terceirize. É a quarteirização do trabalho, a aprovação do PL representa um retrocesso para o mercado de trabalho no país. 

Se a remuneração terceirizada é de 30% do trabalhador celetista a quarteirização ainda paga menos. Se não houvesse uma política de valorização do salário mínimo, os dados seriam piores, alta taxa de rotatividade, aumento do número de trabalho escravo. Dos 3.553 trabalhadores resgatados, 3 mil era terceirizados. 

Assim, essa proposta é conservadora porque destrói direitos e precariza o mundo do trabalho. A aprovação desse projeto coloca em xeque a legislação trabalhista. É uma afronta às conquistas da CLT e da Carteira de Trabalho. 

Ivânia Pereira é presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe e secretária Nacional da Mulher da CTB. 
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Os artigos publicados na seção “Opinião Classista” não refletem necessariamente a opinião da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e são de responsabilidade de cada autor.

Fonte: http://portalctb.org.br/