''Trabalhar para viver, não para morrer - não podemos aceitar que trabalhadores e trabalhadoras percam suas vidas no local em que tiram o seu sustento. ''
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Presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó/SC
Sebastião Araújo e os Diretores do Sindicato dos Vigilantes,
Sindicato do Asseio, filiados a CTB presente no ato.
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Neste 28 de abril, um grandioso número de lideranças sindicais, trabalhadores de diversas setores, representantes de associações, órgãos públicos , entre tantos participantes ocuparam as ruas da cidade de Chapecó no oeste catarinense para marcar a passagem do ‘Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho’. Mas, além de lembrar as vítimas, pedir mais segurança, prevenção para perseguir de forma incansável a diminuição das perdas com vida e saúde do trabalhador.
Pois embora o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tenha publicado ainda em 1978 a Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12), que define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores que utilizam máquinas e equipamentos de todos os tipos durante o trabalho os números comprovam que a NR12 não tem sido cumprida.
Este é uma das razões pela qual este ano o evento organizado pelo Movida – Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense foi realizado na cidade de Chapecó. Pois, dados apontam que na macrorregião oeste no ano de 2010 foram registrados 1.305 notificações de acidentes e doença de trabalho sendo dessas 2 mortes. Mas esse número aumentou 325%, saltando para 5.549 casos em 2014, com 8 trabalhadores mortos vitimas de acidente de trabalho.
Os dados em Santa Catarina são tão assustadores que o estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional de acidentes de trabalho, atingindo no ano de 2012 cerca de 48 mil pessoas vitimadas por acidentes e doenças do trabalho. A expressão da tragédia é tão grande que para cada 1.000 habitantes, pelo menos 7,6 sofreram algum tipo de acidente de trabalho ou foram vitima das doenças ocupacionais segundo fonte de órgãos como IBGE / DIEESE e Ministério Público.
Destes números, os setores que mais acometem a saúde da classe trabalhadora são principalmente os setores industriais de frigoríficos, têxteis e comércio varejista. Para o Presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini a cidade de Chapecó e região precisa urgentemente de atenção: ''não podemos aceitar que trabalhadores e trabalhadoras percam suas vidas no local em que tiram o seu sustento. Precisamos de fiscalização e punição rigorosa para empresas que mutilam e maltratam os trabalhadores (as).''
Mais de 2 mil participantes estiveram na passeata sindicatos, trabalhadores vitimados, associações e demais entidades preocupados com os acidentes e doenças do trabalho, e uma grande preocupação com o PL 4.330 da Terceirização recentemente aprovado. Pois o mesmo tem como viés a precarização das relações de trabalho, o que deve elevar ainda mais os números dessa grande tragédia social que envolve os cuidados com a saúde do trabalhador. O ato foi um chamado a mudanças na realidade ai exposta, pois os números precisam desaparecer das estatísticas dos agravos, porque os trabalhadores precisam ‘trabalhar para viver, não para morrer’ como diz o lema do encontro desse ano.
Informação CTB/SC
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